sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Religião


Candoble

O candomblé é uma religião africana trazida para o Brasil no período em que os negros desembarcaram para serem escravos. Nesse período, a Igreja Católica proibia o ritual africano e ainda tinha o apoio do governo que julgava o ato como criminoso, por isso os escravos cultuavam seus Orixás, Inquices e Vodus omitindo-os em santos católicos.
Os orixás para o candomblé são os deuses supremos. Possuem personalidade e habilidades distintas bem como preferências ritualísticas. Estes também escolhem as pessoas que utilizam para incorporar no ato do nascimento podendo compartilhá-lo com outro orixá caso necessário.
Os rituais do candomblé são realizados em templos chamados casas, roças ou terreiros que podem ser de linhagem matriarcal quando somente as mulheres podem assumir a liderança, patriarcal quando somente homens podem assumir a liderança ou mista quando homens e mulheres podem assumir a liderança do terreiro. A celebração do ritual é feita pelo pai-de-santo ou mãe-de-santo, que inicia o despacho do Exu. Em ritmo de dança o tambor é tocado e os filhos-de-santo começam a invocar seus orixás para que os incorporem. O ritual tem no mínimo duas horas de duração.
O candomblé não pode ser igualado à umbanda, pois são diferentes. No candomblé, não há incorporação de espíritos já que os orixás que são incorporados são divindades da natureza enquanto na umbanda as incorporações são feitas através de espíritos encarnados ou desencarnados em médiuns de incorporação. Existem pessoas que praticam o candomblé e a umbanda, mas o fazem em dias, horários e locais diferentes. 


Orixá.
A chegada dos escravos africanos ao Brasil foi responsável pela consolidação de uma nova experiência religiosa em nosso território. Contudo, ao contrário do que muitos chegam a imaginar, não podemos supor que esse movimento simplesmente instalou a mesma lógica e as mesmas divindades cultuadas no território africano. Ao mesmo tempo em que alguns deuses ficaram para trás, outros foram criados para compor uma experiência singular.

Desse vasto panteão de divindades, os orixás se tornaram os mais conhecidos entre os praticantes e não praticantes das religiões de origem

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Cotas para afrodescendentes

Federais devem reservar 20% das vagas para negros e pardos. UnB foi a primeira delas, seguindo algumas estaduais

O Brasil tem, em sua população, um total de 46% de afrodescendentes, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Mas entre os universitários, eles são por volta de 8%, segundo o mesmo instituto. A defasagem é herança da dívida social que o país tem com os negros pelas injustiças e preconceitos que se desenrolam desde os primórdios históricos da formação da cultura brasileira.
A base para a defesa das cotas é

O que é afrodescendencia?

É ter pais, avós, bisavós, trisavós, tetravós que são ou descendem de pessoas que nasceram na África e vieram para o Brasil.
Como na formação do povo brasileiro houve muita miscigenação (mistura de raças) o produto resultante, quase todos nós, temos algum parentesco, mesmo que remoto com algum africano que veio para o nosso país, principalmente nos tempos da escravidão.
"Afrodescendente" é um têrmo considerado "polìticamente correto" para designar negros, morenos, mestiços e demais pessoas com algum ascendente africano, sem lhes ferir a susceptibilidade. Ainda existe preconceito e racismo, mesmo velado, entre a população que forma a gente brasileira, principalmente devido ao fato do africano ter sido trazido à força de seus países e escravizado pelos portuguêses para trabalharem para eles(portuguêses) como se fôssem seres inferiores ou mesmo animais, "sem alma".

Desigualdade

Indígenas e afrodescendentes

SAN JOSÉ — A forte desiguladade observada na América Latina afeta principalmente as mulheres, os indígenas e os afrodescendentes, segundo o relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) divulgado nesta quinta-feira em San José, Costa Rica.
A desigualdade afeta mais as mulheres e a população indígena e a afrodescendente, destaca o primeiro Informe Regional sobre Desenvolvimento Humano para a América Latina e o Caribe 2010, do Pnud.
As desigualdades associadas à origem racial e étnica são "consideravelmente maiores na população indígena e afrodescendente" da região, exceto em Costa Rica e Haiti.
"Em média, o dobro da população indígena e afrodescendente vive com menos de um dólar por dia, com relação à população eurodescendente", diz o estudo.
Quanto ao acesso a serviços de infraestrutura, o Pnud diz que "embora existam casos com os do Chile e da Costa Rica, onde a diferença entre os 20% da população com maior renda e os 20% da população com menor renda é baixa, persistem casos como os de Peru, Bolívia e Guatemala, que apresentam baixa cobertura destes serviços e grandes brechas entre os dois grupos".
Na América Central, a desigualdade tem sido reduzida desde os anos 90, enquanto na América do Sul "não foi até a metade da década seguinte que apresentou uma diminuição importante, embora continuem sendo dos mais altos do mundo" em desigualdade, segundo o informe.